Fundado pela acadêmica de medicina Juliana Paternostro e idealizado juntamente com os acadêmicos de medicina Beatriz Trajano, Thaiane Martinelli, Eduardo Rebello e Lucas Hobaik, no ano de 2022, o projeto Salve Teresópolis foi desenvolvido pensando nos alunos que querem ampliar o conhecimento na área da saúde, sobretudo na esfera prática. O projeto surge com a proposta de oferecer uma experiência inovadora, didática e prática aos alunos do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) e foi acolhido pela Direção de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE).

O objetivo é salvar vidas por meio de simulações realísticas, isto é, preparando os alunos com aulas teóricas sobre os assuntos em alta e imprescindíveis na formação do aluno. Depois o conhecimento é aplicado em grandes simulados realísticos, consolidando a aprendizagem, formando futuros profissionais preparados, capacitados e seguros para atender pacientes.

O projeto foi lançado em grande evento no Ginásio do Unifeso, no dia 19 de agosto, com a presença do vice-prefeito de Teresópolis, Dr. Ari Boulanger; da Secretária de Saúde do município, Clarissa Rippel Bolson Guita; de docentes; de acadêmicos; de profissionais da área da saúde e de patrocinadores da iniciativa. 

“O Salve surgiu de um acidente de trânsito que eu tive, em 2018. O hospital para o qual fui encaminhada não tinha a infraestrutura necessária para me atender. Quem causou o acidente foi um médico, e ele também não se responsabilizou por seus atos. Na época eu ainda não era estudante de Medicina, mas eu sabia que precisava fazer alguma coisa para que histórias como a minha não se repetissem. Após passar para a faculdade, fui amadurecendo a ideia em conjunto com outros estudantes. Acreditamos que treinando as pessoas elas estarão mais preparadas para lidarem com situações de acidente”, explicou Juliana Paternostro, estudante do 7º período do curso de Medicina. 

Segundo ela, o projeto é estruturado em dois momentos. No primeiro, serão oferecidas aulas teóricas, com palestrantes de fora, para ministrarem diferentes temas dentro da temática de emergência. A cada semestre será abordado um tema novo. “O primeiro é Medicina em Desastres e Catástrofes, que tem tudo a ver com a Região Serrana. Após as aulas e as oficinas, haverá as simulações realísticas, quando os estudantes participarão de forma ativa em um ambiente controlado e simulado. Queremos expandir o projeto para outras cidades, de forma a contemplar outras comunidades também”, disse Juliana.

As inscrições são abertas por semestre, dispondo de 100 vagas. “Tivemos recorde de inscritos. Trata-se de um projeto totalmente idealizado por estudantes. Foi a primeira vez que conseguimos, efetivamente, tornar um projeto de extensão em um projeto para a cidade. É a extensão propriamente dita, pois leva o conhecimento que a academia produz para a sociedade e traz para a academia as demandas sociais. E ao mesmo tempo em que os estudantes estão oferecendo um serviço para a sociedade, eles estão se capacitando também”, destacou Anderson Duarte, coordenador de Extensão do Unifeso.

Além de apoio nas esferas pública e acadêmica, o projeto também contou com o aval da iniciativa privada, e os patrocinadores marcaram presença no evento. “É um projeto que contribui não só com as entidades públicas, mas também para a sociedade de Teresópolis. Em uma emergência, uma vida pode ser perdida em questão de minutos. Então estamos muito felizes em poder apoiar este tipo de projeto”, declarou Marcelo Paternostro, presidente da MAP Contabilidade.

Por Juliana Lila