Um encontro da comunidade de empresários e interessados na área de TI da Região Serrana, com networking e educação executiva para acelerar o negócio, esse é o Serratec Business, que aconteceu no dia 14 de dezembro, no campus Quinta do Paraíso do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso). A programação contou com pitches de empresas associadas ao Serratec (Parque Tecnológico Região Serrana), organizador do evento, e com a palestra de Airton Coelho Vieira Junior, diretor de tecnologia da empresa Future, falando sobre os desafios das empresas diante dos ataques cibernéticos.
O evento contou com a presença do secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Vinicius Oberg, e com a participação da Firjan, com o programa ‘Conecta Inovação’. “Pretendemos fazer, pelo menos, quatro eventos como este por ano. Trouxemos hoje a interação entre a academia e as empresas e uma palestra muito interessante sobre cibersegurança que é um assunto muito em voga e demandado pelo mercado”, contou Guilherme Alves, presidente do Serratec.
Vinicius Oberg parabenizou a iniciativa do Serratec e do Unifeso e destacou que a realização de eventos ajuda a fomentar o ecossistema de inovação em ciência e tecnologia na cidade. “Este evento ajuda a consolidar um calendário de eventos de tecnologia que conseguimos desenvolver e se junta à nossa Política de Inovação, Ciência e Tecnologia. Na nossa visão, a maior importância desses eventos são as conexões que eles geram e o fomento para o desenvolvimento desse ecossistema. Hoje temos mais de 300 empresas de tecnologia na cidade, gerando mais de três mil empregos diretos, sendo o segundo maior polo de tecnologia do estado do Rio de Janeiro. Isso nos traz muita responsabilidade, e o Unifeso desempenha muito bem esse papel com o curso de Ciência da Computação”, disse o secretário.
O Unifeso faz parte do Conselho Consultivo do Serratec, representado pela professora Vivian Paim, diretora acadêmica de Ciências Humanas e Tecnológicas. “Hoje o Unifeso está com a cadeira da vice-presidência do Conselho Consultivo, e receber este evento é abrir oportunidade para as atividades do Serratec em Teresópolis”, falou Vivian.
O professor Alberto Angonese, coordenador do curso de Ciência da Computação do Unifeso, destacou a importância de se ter uma instituição como o Serratec atrelada à academia. “É fundamental, principalmente para nos ajudar a identificar gaps em relação ao que o mercado está exigindo. A cibersegurança, por exemplo, é um dos gaps importantes e que devemos estar atentos, sempre tentando melhorar e pensar no que precisa ser feito para prepararmos nossos alunos para as necessidades do mercado”, explicou.
A palestra sobre segurança cibernética sobre segurança cibernética apresentou dados que deixou a todos impressionados. Airton Coelho Vieira Junior compartilhou o que tem acontecido no mundo, em termos de ataques cibernéticos, e destacou algumas medidas importantes de segurança. “As violações estão ficando mais caras, a cada ano. Uma empresa que sofre ataque cibernético, muitas vezes, tem que parar a sua operação. O tempo médio para uma empresa detectar um ataque é de 212 dias, e depois leva mais 75 dias para conter o incidente e se defender. Já o custo médio de uma violação é de US$ 4.87 milhões”, destacou o sócio da Future.
Por conta da infinidade de crimes cibernéticos que acontecem diariamente e que são aprimorados de forma cada vez mais veloz, empresas como a Future buscam constantemente profissionais especializados. “Apesar de estarmos em Petrópolis, temos clientes em todo o país e, por isso, temos uma carência enorme de contratação de profissionais. As empresas mais valiosas hoje são as de dados, e para acompanhar tudo isso é preciso recursos, principalmente pessoas e processos. Vimos no Serratec uma oportunidade de levarmos a nossa mensagem e também de criar um programa para desenvolver profissionais, não só para a Future, mas para o mercado e para os nossos parceiros”, falou André Luis Ribeiro Alô, sócio da Future.
Por Juliana Lila
