A Liga de Saúde LGBTQIAPN+ de Teresópolis iniciou seus eventos promovendo uma palestra sobre o tema "Acolhimento à população LGBTQIAPN+: a importância do atendimento inicial", com a palestrante Dra. Alessandra Andrade. A convidada é graduada em Medicina, especialista em Medicina de Família e Comunidade, pós-graduada em Geriatria, Sexologia Clínica e Saúde LGBTQIA+, mestranda em Educação Permanente em Saúde, possui MBA em Gestão em Saúde, é diretora técnica na UPA em Maricá e atua como preceptora de urgência e emergência do Unifeso.

O encontro aconteceu no dia 24 de agosto e teve como objetivo a aprendizagem acerca do atendimento inicial ao paciente LGBTQIAPN+, visando a melhor relação médico-paciente e acolhimento do indivíduo no SUS. A estudante Ana Carolina Suarez Polido, do curso de Medicina e presidente da Liga, defende que se trata de um assunto relevante para a formação médica e demais profissionais que atuam na área da Saúde. “Muitas pessoas da faculdade vieram comentar comigo sobre como acolher uma pessoa no primeiro atendimento básico, principalmente a população trans, que nem sempre tem o nome retificado. Por isso achamos importante sanar esta dúvida, que é uma demanda para toda a faculdade. Estou muito feliz com este primeiro evento da Liga que, por enquanto, é composta por estudantes de Medicina e de Psicologia, mas, em breve, abriremos prova para novos membros, e todos os cursos da área da saúde serão muito bem-vindos!”, explicou Ana.

Segundo a palestrante, a frase que marcou o encontro foi LGBTQIAPN+: Entender para melhor atender. “Isto não é uma opção, então eu falei sobre como é o acolhimento desta população no atendimento à saúde, seja ele médico, enfermagem, psicológico, ou outro”, disse a palestrante. Ela também abordou a importância de entender o que é a identidade de gênero e a orientação sexual, o que é sexo biológico e expressão de gênero; apresentou dados da violência no Brasil que, de acordo com ela, é o país que mais mata transsexuais e travestis no mundo. Ela também explicou o significado de cada letra do LGBTQIAPN+ e mostrou dados estatísticos desta população.

“Foi mais que uma aula, e sim uma troca. Considero que seja muito importante trabalhar com profissionais em formação para que tenham este olhar diferenciado para a população. Foi uma troca muito bacana para mim também porque me trouxe uma ponta de esperança de saber que estão vindo grandes profissionais pela frente, e que o Unifeso faz parte desta formação bacana. A palavra que tenho a dizer é gratidão, a estes alunos que me fizeram este convite e por ter ouvido opiniões que foram marcantes. Espero ter a oportunidade de voltar em outros momentos para outras aulas e com outros alunos”, notou a Dra. Alessandra.

Por Giovana Campos