27/05/2021 11:50:45
“Se não fizermos a diferença, não poderemos cobrar isso do mundo”. A observação é da futura médica Luana Machado Fonseca, que no quarto período da graduação lida com a missão de se tornar uma profissional preparada para prestar o atendimento de excelência para todos os pacientes, incluindo aqueles com deficiência. “Pessoas com necessidades especiais fazem parte da sociedade e devem ser valorizadas”, defende a estudante. Para ampliar o conhecimento e ter uma área de atuação mais abrangente e humanizada, ela escolheu o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), uma Instituição que preza pela acessibilidade em sua infraestrutura e nas formas de ensino, buscando a conscientização de todos seus estudantes e colaboradores para a questão da inclusão social.
Luana está no grupo de estudantes de Medicina que se inscreveram na nova disciplina eletiva institucional, de Libras. “Todos os profissionais da área da saúde deveriam se preocupar com esta questão da inclusão, pois nunca saberemos quem vai entrar em nossa sala durante um plantão, e temos que estar preparados e aptos para as diversidades. Ainda mais fazendo Medicina, que é uma área que eu vejo que não basta estudar só o funcionamento do organismo humano, mas todas as formas de se chegar ao que leva uma pessoa a um problema, seja ele físico ou emocional”, observa a estudante.
A adesão dos estudantes de Medicina surpreendeu a professora Nathalia Quintella, docente do curso e pedagoga do Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Acessibilidade (NAPPA). “ A ideia é levar aos estudantes acessibilidade de uma forma descontraída, com música e brincadeiras para introduzir esta lingua de uma forma leve para que aprendam muito mais”, revela Nathália, contando que a resposta dos estudantes tem sido muito positiva.
“Precisamos de, cada vez mais, pessoas e profissionais preparados para lidar com a inclusão. Vamos encontrar na sociedade pessoas que precisam de um olhar um pouco diferenciado, por isso é tão importante, dentro deste ambiente acadêmico, as pessoas entenderem as formas de inclusão”, ressalta.
Em consonância com as demandas oriundas das dificuldades de aprendizagens acadêmicas apresentadas pelos estudantes, o Nappa disponibiliza (confira aqui) a série de cartilhas Minutos do Saber, que vem para instrumentalizar os corpos docente e discente do Unifeso a respeito da diversidade na acessibilidade, com temas bastante recorrentes e que devem contribuir para a melhor compreensão dos casos. Os estudantes que chegam na instituição e sinalizam alguma necessidade especial, são encaminhados para o setor, que monta um Plano de Atendimento Individual, pontuando suas necessidades e providenciando as solicitações necessárias.
Conheça mais sobre o trabalho do Nappa
O Nappa assiste a todos os cursos do Unifeso e tem como referência o estudante em sua adaptação/inclusão ao ensino superior, além de toda a comunidade acadêmica. O setor disponibiliza o acompanhamento psicopedagógico e psicológico por encaminhamento ou demanda espontânea.
O acompanhamento psicológico visa apoiar o estudante nas dificuldades de adaptação (à cidade, moradia, rotina, dinâmica do ensino superior...), dificuldades acadêmicas (concentração, falta de motivação...), dificuldades pessoais (social, afetiva, saúde...) e dificuldades familiares (gravidez, separação, luto, doença...).
O acompanhamento psicopedagógico visa orientar os estudantes, que procuram espontaneamente o setor ou a este são encaminhados, na organização e planejamento dos estudos durante o processo de vivência acadêmica. “Acreditamos que este tipo de apoio possa colaborar para que o estudante conheça suas características e potencialidades, buscando seu desenvolvimento pessoal e acadêmico. A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade por meio de transformações, principalmente na mentalidade e comportamento de todas as pessoas, como também das pessoas com necessidades especiais”, destaca Gicelle Faissal, do Nappa.
Quem faz Medicina, por exemplo, tem como característica uma carga horária integral e muitos afazeres. Os chamados “medterê” contam com diversos espaços na infraestrutura do Unifeso, como laboratórios, tutorias, salas de aula, bibliotecas, auditórios, cantinas, enfim, lugares por onde circulam durante o dia. Por isso, a acessibilidade se faz tão importante. Mas para criar espaços tão acessíveis assim, em um instituição criada há mais de 50 anos, muitas medidas tiveram que ser tomadas.
Programa de Acessibilidade
Em 2015, o Unifeso implementou o Programa de Acessibilidade a fim de atender às demandas sociais e acadêmicas, possibilitando a inserção, dos estudantes com necessidades físicas, neurológicas ou sensoriais, pessoas obesas, pessoas com transtornos de espectro autista, ou ainda, com problemas de aprendizagem como: dislexia, TDAH, disfluência verbal e fobia social.
Já em 2016, foi instituído um grupo de trabalho para revisão e ampliação da acessibilidade arquitetônica no Unifeso. A partir desta oportunidade, a temática tomou grande impulso dentro da Instituição, tendo entre seus objetivos: promover condições de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida segundo os padrões estabelecidos na legislação pertinente, visando a promoção do direito de todos à educação de qualidade e na igualdade de oportunidades de acesso e permanência, com sucesso, na etapa referente ao ensino superior; e proporcionar condições de acessibilidade arquitetônica visando o respeito aos direitos das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida segundo os padrões estabelecidos na ABNT NBR 9050:2015.
Foi assim que estudos das condições de todos os campi foram realizados e promovida a adequação dos espaços: reforma de banheiros, instalação de pisos táteis, sinalização em braille, adequação dos balcões de atendimento, entre outras medidas.
Vestibular 2021.2 com portas abertas
Quem busca pela melhor formação pode aproveitar a oportunidade de se tornar MedTerê: estão abertas as inscrições para o Vestibular de Medicina Unifeso 2021.2. São duas formas de ingresso: prova on-line e nota do Enem.
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Por Giovana Campos