Unifeso - Estudantes de Ciência da Computação conhecem o Sistema de Informação em Saúde Silvestre

CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS




Estudantes de Ciência da Computação conhecem o Sistema de Informação em Saúde Silvestre

21-10-2022

A área da computação é vasta, e o profissional pode atuar em projetos dos mais diversos segmentos. Para mostrar o quão diversificada pode ser a atividade do desenvolvedor, Eduardo Krempser, doutor e mestre em Modelagem Computacional, esteve no VII Confeso (Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso) para proferir a palestra “SISS-Geo - Modelos Computacionais e Ciência Cidadã na Prevenção de Emergência de Zoonoses”.

Eduardo atualmente trabalha na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolvendo um projeto que conecta computação e saúde. Ele apresentou o Sistema de Informação em Saúde Silvestre (Siss-Geo), desenvolvido pela Fiocruz em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (Lncc), que apoia a obtenção de informações com a participação cidadã. “O sistema une o conceito de consciência cidadã, de vigilância em saúde e de computação para obter dados de vida silvestre, pois ainda há um vácuo de informações bastante importante nessa área”, explicou Eduardo.

Ele deu como exemplo a febre amarela, que afetou os brasileiros, consideravelmente, nos últimos anos e ainda é uma constante. “No caso da febre amarela, informações sobre qualquer macaco achado morto é de suma importância. Os macacos são sentinelas, ou seja, eles indicam áreas de risco que devem ser analisadas, e essas informações devem percorrer rapidamente todos os trâmites e chegar aos órgãos competentes. Por isso a participação da população é tão importante. Mas como o cidadão envia as informações de forma qualificada, em tempo real? Existem muitas considerações nesse processo. O Siss-Geo é aberto à colaboração da população, que pode enviar informações sobre qualquer animal silvestre observado, seja vivo, morto ou doente”, conta.

O palestrante explicou que a computação entra na participação conjunta e interdisciplinar do projeto para construir uma solução que vai desde um aplicativo de celular, extremamente simples, leve e intuitivo, que funcione de modo a não precisar de internet para enviar as informações, indo até os outros órgãos competentes e entidades envolvidas, municípios e pesquisas da Fiocruz e de outras instituições. “A computação conecta todas essas pontas importantes do processo para a conservação ambiental ou para a vigilância em saúde. Hoje esse sistema é usado em praticamente todos os estados para o controle da febre amarela e contribui para a redução de casos da doença, juntamente com a vacinação”, pontuou.

Mas o sistema não para por aí, ele se conecta com o uso de análise de dados para gerar conhecimento e para indicar áreas de maior favorabilidade de ocorrência de uma doença. “É importante destacar a interdisciplinaridade do projeto, que é suportado por diversas áreas, já que é uma solução que ataca um problema extremamente complexo. Para os estudantes da computação, essa experiência é uma oportunidade de entenderem como podemos sair do nosso contexto e desenvolver soluções que vão atender a sociedade e a nossa demanda de saúde, por exemplo”, disse Eduardo.

Saiba mais sobre o projeto em http://www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br.

Por Juliana Lila

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