O Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso) inaugurou, este ano, o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU). Trata-se de uma das atividades previstas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia e de Arquitetura e Urbanismo (CNE/CES 2/2010), como núcleo de conteúdos profissionais, pois visa a contribuir com o aperfeiçoamento da qualificação profissional do formando.

Os EMAUs têm sido um espaço acadêmico criado nos diversos cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil, desde a década de 1990, voltado a oportunizar o exercício da prática profissional aos estudantes, sob a supervisão de professores do curso. “As atuações dos EMAUs podem ser diversas, tais como prestações de serviços e atendimento a demandas internas e/ou externas à própria instituição de ensino, por meio de convênios com órgãos públicos, instituições privadas, organizações não governamentais, movimentos sociais, comunidades, fundações, entre outros”, explica a professora Letícia Prudente, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Unifeso. 

A oportunidade da criação deste tipo de espaço traz possibilidades de atividades de extensão que podem estar correlacionadas à pesquisa e ao ensino. São inúmeros os exemplos e referências de EMAUs em outras instituições, bem como a rede de organização destas experiências, sobretudo promovidas e discutidas no âmbito das organizações estudantis, como o caso da Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo no Brasil (FENEA). A FENEA hoje tem o Projeto de Orientação a EMAUs, denominado POEMA, que fomenta a criação e a manutenção dos EMAUs nos diversos cursos no país desde 2007. 

No Unifeso, o curso desenvolve um projeto de extensão denominado "EMAU-Terê: práticas extensionistas de Arquitetura e Urbanismo”. Desde o semestre passado, aconteceram reuniões para discussão de como implementar o EMAU do curso, nas quais os atuais integrantes do grupo de extensão participaram. “Hoje integram este projeto os estudantes Taiane Gallo de Lima e Vitor Godoy de Abreu, como estudantes de iniciação extensionista, bem como a estudante voluntária Iza Maria dos Santos Lima da Silva Pereira. A coordenação do projeto está com a profa. Priscila Marques e conta comigo, como extensionista voluntária. A partir desta equipe, busca-se outros estudantes e professores voluntários, de acordo com as demandas”, conta a professora Letícia.

A proposta do projeto iniciou com quatro Grupos de Trabalho (GTs):

GT 1: PROJETOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA: desenvolvimento de projetos de Arquitetura e Urbanismo - edificação, reforma, ampliação, regularização fundiária - que assegurem assistência técnica gratuita em áreas de interesse social;

GT 2: OFICINAS DE INTEGRAÇÃO TEORIA-PRÁTICA: desenvolvimento de oficinas que busquem estimular a integração dos conhecimentos técnicos com a prática profissional, de forma a fomentar novos conhecimentos para a comunidade acadêmica, por meio de propostas de oficinas temáticas, tais como técnicas construtivas sustentáveis, formas de representação gráfica, ciclos de palestras, rodas de conversa, etc.;

GT 3: NOVAS DEMANDAS E POTENCIALIDADES DE PROJETO: desenvolvimento de levantamentos e pesquisas de campo, referentes às demandas locais e possíveis atuações do EMAU, como subsídios críticos para o desenvolvimento de projetos e oportunidades, tais como voltados a: áreas com necessidade de projetos de habitação para famílias de baixa renda; propostas de intervenção em pequenos espaços públicos, consultorias de conforto ambiental em edifícios escolares; protótipos para equipamentos urbanos com materiais sustentáveis; entre outros; e

GT 4: COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO EMAU-Terê: desenvolvimento de comunicação, divulgação e sistematização das ações do EMAU, através das mídias digitais, em relação a organização interna e encontros abertos para a comunidade acadêmica.

Recentemente, o GT 4 lançou uma campanha no Instagram para a escolha da logomarca do EMAU. “Como esta campanha, houve um grande engajamento de estudantes e o reconhecimento do EMAU perante as quatro turmas do curso, visando a captação de novo integrantes. Além disso, o grupo está com duas demandas iniciais para a própria instituição. Uma delas é o desenvolvimento do projeto de estandes de exposição de trabalhos para a Direção de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão (DPPE), visando a reciclagem e a sustentabilidade, com a possibilidade de uso de pallets e bambu. A outra é o desenvolvimento de um novo layout para o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do curso de Direito”, diz a professora.

Vestibular com inscrições abertas

O Unifeso oferece 50% de bolsa para os ingressantes do segundo semestre de 2022 no curso de Arquitetura e Urbanismo. As inscrições para o Vestibular estão abertas com duas formas de ingresso: via nota do Enem e Redação On-line. Confira todas as informações aqui.

Por Juliana Lila