Quem estreou há pouco tempo na Medicina mas já tem grandes episódios para contar é a estudante Thaís Lobo, do sexto período da graduação do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso). De Maricá para Teresópolis, a jovem venceu a distância, superou problemas de saúde e as restrições impostas pela pandemia para ser protagonista de uma linda história de sucesso. História esta que a trouxe, junto com o professor Guilherme Alencar e com a egressa Aline Tereza, para estampar a campanha do Vestibular de Medicina do Unifeso de 2023.

Thaís iniciou sua jornada na área da saúde cursando Enfermagem, em Niterói. Como não era o que ela sonhava, continuou tentando Medicina até ser aprovada em um processo seletivo para o Unifeso e iniciar os primeiros episódios da temporada mais importante da sua vida, em que ela realmente queria estar.

Acostumada a uma metodologia de ensino mais tradicional - mais expositiva e pouco prática, como Thaís mesmo colocou - ela sentiu logo a diferença quando chegou ao Unifeso e se deparou com a metodologia ativa, e até hoje não mede esforços para correr atrás e aprender. “Temos professores ótimos para incentivar e ensinar, mas o aluno tem que fazer a sua parte”, afirmou. 

Desde o primeiro período ela foi inserida em cenários de prática, o que na percepção da futura médica, proporciona um melhor preparo e uma segurança a mais. “Acredito que todos os estudantes carregam a sensação de estar estudando e não saber se estão realmente aprendendo. E quando vamos para a prática é o que mais gostamos, ou seja, colocar a mão na massa e sentir que estamos fazendo a diferença, de alguma forma”, nota. “Rodamos muito em diversos cenários como o Caps, as Unidades Básicas de Saúde, entre outros, onde lidamos com gente e, como isso, acabamos criando até vínculo com pacientes”, lembra a estudante.

Conviver com realidades completamente diferentes também tem sido uma grande lição para a acadêmica. “O curso tem um hospital próprio de ensino, Hospital das Clínicas de Teresópolis Constantino Ottaviano (HCTCO), que, apesar de ser uma instituição privada, tem convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), então temos contato com diversas situações de um verdadeiro médico. A gente lê nos livros e até entende, mas se não trouxermos a Medicina para o nosso dia a dia, nunca será a mesma coisa”, concluiu. 

E foi aprendendo na prática que a jovem registrou um marcante trecho da sua vida. “Durante uma aula prática, apalpei o meu pescoço e, com a ajuda do professor, identifiquei um nódulo em mim. Descobri que era um linfoma e tive a chance de tratar a tempo. Foi nos primeiros períodos da faculdade e tive que ficar um tempo afastada por conta do tratamento, mas continuei estudando de casa. E quando voltei, fui recebida tão bem pelos professores que me deu um gás”, relembrou. 



A força de vontade de Thaís vai ao encontro do que ela acredita ser o mais importante para se tornar um médico de excelência. “A gente tem que se preparar muito, são os tópicos de todas as disciplinas do período naquele momento, temos o incentivo dos professores, vamos para a biblioteca estudar, discutimos nas modernas salas de tutoriais, tiramos dúvidas uns com os outros”, conta. Apesar de gostar muito da prática, a biblioteca, para ela, é um lugar muito especial que contribui para sua jornada de estudos. “É perfeita, um local onde nos sentimos bem para a leitura, é difícil encontrar um ambiente assim em outros lugares”, observa.  

Muito engajada também na produção científica, a estudante participa de ligas acadêmicas e de projetos de extensão e pesquisa. E mesmo ingressando durante a pandemia, ela não perdeu a chance de praticar a rotina de um médico, tendo a experiência da medicina do futuro, a telemedicina. “Eu e meu grupo fizemos um plano para o atendimento remoto de pacientes com diabetes. Vamos transformar este estudo em um relato de caso e apresentar no Congresso Acadêmico-Científico do Unifeso, o Confeso”, adianta Thais.  

Com muitas histórias para contar, a cada dia que passa a estudante amadurece seu lado profissional e seu lado humano. “Para lidar com pessoas temos que ser muito humanos, muito atentos a cada experiência. Temos que saber ouvir muito. E para quem quer cursar Medicina, o meu conselho é que acredite neste sonho, não tenha medo. Se escolheu a profissão vá à prática. E começar já pegando na mão, como a gente costuma dizer no curso, faz a gente ficar muito mais preparado”, relata Thaís. 

Vestibular com as inscrições abertas

Quem seguir o conselho de Thais pode se inscrever no Vestibular de Medicina do Unifeso, para ingresso no segundo semestre de 2023. Os canditatos podem fazer o processo seletivo do vestibular e/ou optar pelo aproveitamento do resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 



Por Giovana Campos