Unifeso realiza simulação de atendimento pré-hospitalar em movimentada via do Alto

O Grande Acidente, a primeira atividade prática para os estudantes do primeiro período do curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), aconteceu no dia 22 de fevereiro em uma das vias mais movimentadas e com maior índice de acidentes de trânsito de Teresópolis: o trecho da Rua Augusto do Amaral Peixoto em frente à Praça Nilo Peçanha, no Alto.

O professor Antônio Carlos Souza, do curso de Medicina, justificou a escolha do cenário. Segundo ele, a organização mundial de saúde constatou, em 2011, que mais de um milhão de pessoas morrem devido a acidentes de trânsito, e mais de 50 milhões são vitimadas. “Realizamos então o evento num dos pontos marcados como um dos com o maior número de acidentes em Teresópolis, como também realizamos uma panfletagem junto à população para que pudéssemos sinalizar isto”, contou o professor. 

A atividade contou com a participação do 16º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), que realizou uma operação simulada com múltiplas vítimas e com risco de choque elétrico. Foi utilizado método de atendimento e combate a incêndio. Para o Major Alessandro Bernardino, subcomandante operacional do 16º GBM, a corporação considera essa parceria muito profícua. “Essa aproximação da academia é fundamental para que possamos cada vez mais aprimorarmos nosso serviço”, observou. 

A simulação também teve a parceria da Guarda Municipal, da Polícia Militar e da Enel. “A intenção dessa parceria é para que possamos contribuir com a diminuição desses números”, reforçou a professora Cláudia Ribeiro, do curso de Medicina.

O curso de Medicina Veterinária também participou do evento, demonstrando o atendimento a um cachorro acidentado. 

Metodologia ativa

O curso de Medicina do Unifeso é estruturado em metodologias ativas de ensino-aprendizagem pela técnica da ABP - Aprendizagem Baseada em Problemas. A metodologia estimula no aluno a capacidade de trabalhar em equipe, de ouvir outras opiniões, e o induz a assumir o seu protagonismo e a sua responsabilidade pelo aprendizado. Para isso, os estudantes vivenciam muitas atividades na prática, como o Grande Acidente, que é uma atividade de cunho pedagógico que integra o conteúdo curricular de atendimento pré-hospitalar. 

Na atividade, os calouros são surpreendidos com uma situação de emergência com diferentes casos clínicos e eles entram na simulação com o papel de realizar o primeiro atendimento aos acidentados. As ‘vítimas’, por sua vez, são interpretadas pelos veteranos. As reações, abordagens, condutas e todo o cenário é filmado. O conteúdo é utilizado ao longo do período para demonstrar aos novatos como reagir e se comportar corretamente nestas situações. 

“Foi uma surpresa para mim. Achei muito bacana o curso vislumbrar essa prática da profissão, nos colocando diante de uma situação de emergência e de risco. Ver isso logo no começo da faculdade é sensacional. Tenho certeza que quanto mais praticarmos, melhor estaremos preparados para a medicina”, avaliou o calouro Gabriel Fróes. 

Entre as vítimas, estava Nina Lopes Sodré, do segundo período de Medicina. “Essa atividade serve como um alerta para os estudantes que estão ingressando prestarem a atenção no que estarão fazendo”, afirmou Nina. 

Futuros acadêmicos de Medicina acompanham simulação

Um grande público parou para assistir à encenação, inclusive grupos de estudantes do Ensino Médio do Centro Educacional Serra dos Órgãos (Ceso), do Único e do Ponto de Apoio. “Este foi o meu primeiro contato com um acidente. Embora não seja real eu achei incrível porque tudo é encenado muito bem. Acho que na formação de médico ter este primeiro contato é fundamental, até para saber se é realmente essa profissão que se quer seguir”, disse Maria Eduarda Maia, do terceiro ano do Colégio Ponto de Apoio. Após presenciar o trabalho de salvar vidas, o estudante Tauan Motta, do terceiro ano colégio Único, afirmou não ter mais dúvidas acerca da profissão que quer seguir. “Fazer Medicina no Unifeso é um sonho que tenho”, contou o jovem. 

Por Giovana Campos